A história mostra que a indústria experimentou 3 marcos nos quais ocorreram as mudanças mais significativas no cotidiano da produção, as quais também impactaram a sociedade em um nível econômico, social e político. Tais transformações foram chamadas de Revoluções Industriais, que serão apresentadas a seguir juntamente com as tendências da indústria 4.0, uma era que já tem dado sinais substanciais.
Histórico
A primeira delas, ocorrida no século XVII (meados de 1765), foi notada a partir da mecanização da cadeia produtiva através, principalmente, da introdução do maquinário a vapor.
A segunda, iniciada no século XVIII (1870), foi marcada pelo uso da energia elétrica e petrolífera.
A terceira, cujo termo inicial corresponde ao período posterior ao final da Segunda Guerra Mundial, por volta de 1959, compreendeu a criação dos computadores e da internet, a automatização do processo produtivo a partir da invenção de equipamentos eletrônicos, com a exploração da biotecnologia, dentre outros resultados, os quais são utilizados até os dias atuais.
Atualidade
Apesar dos grandes avanços gerados a partir da Terceira Revolução Industrial, entusiastas e estudiosos do tema já ousam afirmar que estamos experimentando a Quarta Revolução Industrial, dentre os quais cita-se Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial e autor das recentes obras “The Fourth Industrial Revolution”, publicado em 2016, e “Shaping The Fourth Revolution”, publicado em 2018.
Esta onda tem impactado as interações cotidianas da sociedade a partir de um ponto central: a conectividade.
Nesse contexto, percebe-se a emersão de tecnologias disruptivas de ordem física, que contemplam, exemplificativamente, a criação de veículos autônomos e impressões 3D; de ordem digital, que promovem a interação instantânea entre o real e o virtual; e de ordem biológica, como o melhoramento genético e o aprimoramento de procedimentos cirúrgicos.
Tais perspectivas são possíveis graças à Internet das Coisas (Internet of Things). A conectividade estabelecida entre várias coisas existentes no mundo material e usuários, por intermédio de sensores, chips e/ou softwares permite a transmissão dos dados respectivos para uma rede com o intuito de proporcionar conforto, informação e praticidade para as pessoas.
Essa tecnologia e outras derivadas passam também a ser aplicadas em suporte às atividades desenvolvidas no ”chão de fábrica”, através da interconectividade da planta industrial, o que dá condições para o aumento da produtividade, eficiência e qualidade no contexto da operacionalização fabril, caracterizando a chamada Indústria 4.0.
Ainda não há um caminho exato para a migração da Indústria Manufatureira fruto da Terceira Revolução Industrial para o status de Indústria 4.0, mas vale constar que segundo publicação resultante do evento “Indústria 4.0 no Brasil: oportunidades, perspectivas e desafios” (realizado em 2018 pela Firjan SENAI em parceria com a Finep), haveria 4 passos para este fim: 1) Enxugamento dos processos produtivos; 2) Requalificação de trabalhadores e gestores; 3) Inclusão de tecnologias já disponíveis no mercado e de baixo custo; 4) Investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Há muita especulação sobre o potencial impacto das tendências da indústria 4.0 na manufatura. Embora as mudanças sejam certas, a não priorização e espera de grandes soluções do mercado pode ser mais prejudicial do que o investimento em soluções aplicáveis à realidade atual. Saiba como acompanhar as tendências da indústria 4.0 através dos seguintes passos: Análise de dados para a manufatura: 5 passos para o sucesso.
Atualmente, o grande responsável pela entrega desta experiência é o Digital Twin, que foi listada pelo Gartner Group como uma das 10 tecnologias estratégicas que são tendências em 2019. O Digital Twin está inserido dentro do universo da Internet of Things e é a reprodução virtual de um objeto físico em tempo real, cuja cópia é armazenada em uma nuvem digital que pode ser acessada remotamente, de forma descentralizada.
É importante destacar que o Digital Twin oferece muito mais do que um retrato, permitindo o acesso aos dados do objeto e, por conseguinte, o monitoramento integral de seu funcionamento, podendo ser aplicado a pessoas, processos e coisas.
Na prática industrial esta tecnologia permite o monitoramento da planta em tempo real, gerando as seguintes possibilidades ao operador: análise preditiva de processos, redução de tempo de inatividade, diminuição da taxa de sucata, dentre outras expectativas relacionadas à produção.
Crave Platform
A Crave Industry está alinhada com as tendências da indústria 4.0 e oferece uma plataforma digital baseada nas tecnologias citadas anteriormente. Trata-se de uma ferramenta criada de forma personalizada e destinada à coleta e análise de dados industriais, bem com à digitalização de processos fabris.
Assim, percebe-se que é notório que o domínio da informação qualificada, possível graças ao Digital Twin, otimiza o trabalho dos empregados e permite a tomada de uma decisão melhor e mais rápida, o que certamente impacta positivamente no dia-a-dia e na eficiência da indústria.
Por: Isa Carla de Souza, Representante de Desenvolvimento de Vendas na Crave Industry